Após um bom período de tempo sem ganhar um título e/ou garantir sua chegadas nas finais do Campeonato Uruguaio, o Danubio finalmente pode comemorar. Sendo o time com menor probabilidade de ser campeão na rodada, a equipe fez sua parte e contando com os tropeços de River Plate e Nacional, garantiu o caneco do Torneio Apertura.
A última rodada deixavam as três equipes que lutaram todo o campeonato e se destacaram entre os demais em chances de conseguir o torneio. Na primeira colocação, River Plate tinha pela frente o Defensor Sporting, e se quisesse ser campeão de forma direta, ou seja, sem jogos extras, tinha de fazer sua parte e torcer pela não-vitória do Nacional. Os tricolores tinham de fazer o mesmo, enquanto ao Danubio restava ter de ver seus rivais não vencendo, e ganhar do Sud América.
No início da rodada, a sorte parecia estar do lado dos tricolores. Com quinze minutos, Álvaro Fernández abriu o marcador dentro de Gran Parque Central e dava de forma momentânea, o título ao seu clube. No Luis Franzini, River Plate estava melhor frente ao Defensor, mas não conseguia transformar as boas oportunidades em gol, enquanto Danubio era o que mais sofria dentre os três, se equiparando ao IASA dentro de campo.
A primeira etapa terminou desta maneira, com o Nacional estando mais perto da taça. Mas o início da segunda etapa reservava algumas mudanças. Com apenas sete minutos, o zagueiro Ignacio Pallas deixou tudo igual e tirava o campeonato das mãos bolsilludas, retomando a taça ao River Plate. No entanto, os darseneros não marcavam, e para piorar, viram Nicolás Olivera deixar o Defensor Sporting na frente do marcador.
A derrota parcial fazia com que o título retornasse até o Parque Central, mas também deixava uma outra possibilidade. Um gol do Danubio frente o Sud América dava o título aos franjas, que sabendo do resultado, foram com tudo pra cima de seu adversário. Para melhorar a situação, Hernán Novick virava para o Fénix, e três minutos depois, Álvaro Recoba perdia uma penalidade máxima defendida por Luís Mejía. As chances do Nacional pareciam enterradas onde há pouco tempo a conquista parecia certa.
Os jogos se encaminhavam para o final quando veio a notícia vindo do estádio Castro Martínez. Retornando após um longo tempo afora, Pablo Lima mostrou porque é ídolo do clube. Se mostrando fatal como sempre nas bolas paradas, o lateral cobrou com perfeição a cobrança de falta e marcou o gol que no final, deu o título ao clube franjeado.
Sem poder de rações, Nacional já estava fora do caminho, enquanto o River Plate empatava no final de seu jogo, mas que não conseguira mais nada. O título foi para o Danubio, com todos os méritos possíveis. Um título que chega para coroar o bom planejamento da comissão técnica e diretoria, que souberam se reformular após uma temporada desastrosa e que deixava a equipe com perigo de rebaixamento para o atual campeonato. Final garantida ao clube.
Outros jogos:
Wanderers 5x0 El Tanque Sisley. Gols: Sergio Blanco (4x) e Rodrigo Pastorini.
Miramar Misiones 0x0 Juventud de Las Piedras.
Cerro Largo 1x0 Peñarol. Gol: Rino Lucas.
Cerro 2x1 Liverpool. Gols: Mauricio Alonso e Hugo Silveira; Andrés Ravecca.
Rentistas 1x1 Racing. Gols: Octavio Rivero; Luis Gorocito.
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