segunda-feira, 25 de novembro de 2013

PEÑAROL VENCE NACIONAL E IMPEDE LIDERANÇA DO RIVAL.


Clássico não há favorito. Por pior que esteja uma equipe ou outra, não tem como se apontar quem vai ganhar. Nacional vinha de uma goleada sobre o Cerro Largo e se caso vencesse agora, iria atingir a liderança do campeonato faltando somente três rodadas para o término. Peñarol faz um Apertura medíocre para quem foi campeão há pouco tempo, e até o momento ocupava a 13ª colocação. Um fácil diagnóstico poderia ser feito, com os tricolores mandando no jogo e podendo vencer a hora que quiser. Porém, quando se trata de um jogo feito esse, o clássico mais antigo do mundo fora da Grã-Bretanha, não pode se apontar um ganhador assim. Em campo, no que poderia se pensar em um massacre Bolsilludo, se transformou em mais uma vitória do Peñarol no duelo, e que de alguma forma, ''salva'' o tenebroso segundo semestre do ano.

Rodolfo Arruabarrena resolveu não inventar na hora da escalação e colocou sua equipe de costume. Com Juan Manuel Díaz suspenso, o jovem Maximiliano Moreira assumiu a posição. De resto, os mesmos que estão atuando desde o início da competição. Já pelo lado aurinegro, Jorge Gonçalves retornou com Tony Pacheco entre os onze, e devolveu a lateral-esquerda para Nicolás Raguso.

Dentro do jogo, as ações eram bastante claras. Nacional tinha mais a posse de bola e ditava o ritmo do jogo, enquanto o Peñarol buscava se fechar bem pra poder sair no contra-ataque, principalmente com Mauro Fernández, e buscando os dois mais avançados: Pacheco e Rodríguez. Sem pressa pra fazer o gol, os manyas esperavam apenas o erro de seu rival para as oportunidades aparecerem.

E apesar de ter o domínio no jogo nos primeiros minutos, as falhas do Nacional começaram a aparecer muito cedo. As contantes bolas longas buscando Iván Alonso passavam pela má saída de bola no meio-de-campo, que além de pecar nesse quesito, ainda era falho tanto no apoio como na marcação, com Álvaro Fernández e Maximiliano Calzada sumidos durante todo o jogo.

Com isso, achar espaço pra poder jogar no erro do Nacional se tornou algo bem mais fácil do que o imaginado. Por isso que com apenas dezesseis minutos jogados, Jonathan Rodríguez se desprendeu, arrancou pro gol e tocou na saída de Bava, onde a bola ainda encostou na trave antes de entrar. Peñarol mostrava que do jeito em que jogava, poderia ser mortal frente ao seu inimigo.

A abertura do marcador para os aurinegros mexeu com seu adversário. Nacional sentiu o gol sofrido e passou a ter ainda menos paciência pra conseguir o seu gol. Mas, depois de tanto insistir, achou o empate da única forma que se apresentava. Cobrança de falta na área e Iván Alonso testou pro gol de Castillo e colocou novamente os tricolores no jogo.

Mas o gol de Alonso, que poderia dar um novo ânimo à equipe no jogo, não valeu de nada. E menos de dois minutos, falha geral no setor defensivo do Nacional, Luis Aguiar faz tabela com Jonathan Rodríguez, Diego Arismendi não acompanha o volante aurinegro e como no primeiro gol, outra boa definição feita na saída de Jorge Bava. Resposta imediata do Peñarol que estava mais uma vez na frente do marcador.

Já no vestiário, Arruabarrena tinha de fazer sua equipe conseguir novos jeitos de se conseguir a virada, não apostando apenas no chutão. Mas em poucos segundos a conversa que o argentino teve com a sua equipe pareceu não surtir efeito. E menos de um minuto, novamente aparece Jonathan Rodríguez se desprendendo da defesa tricolor pra aumentar a vantagem.

Sem ver uma mudança de seu time e com um gol saindo tão cedo, Arruabarrena se viu pressionado a mexer no seu time. E de uma vez só, fez as três alterações a que tinha direito. Trocou Maximiliano Moreira por Ismael Benegas, Ignacio González por Álvaro Recoba e Richard Porta por Alexander Medina. O treinador tirou dois jogadores que estavam sumidos na parte ofensiva, e mudou o esquema de jogo, colocando mais um zagueiro e puxando Álvaro Fernández pra ala-direita e Pablo Álvarez pra ala-esquerda.

As mudanças melhoraram um pouco o time, mas não o suficiente. Peñarol se mantinha atrás e não dava espaços. Nacional buscava a velocidade pelas alas e tinha uma melhor saída de bola com os três zagueiros, além de Recoba ter entrado bem melhor do que Ignacio González desde o início do jogo. Mas ainda tinha como maior objetivo sempre cruzar para Alonso e agora, Medina, no ataque, no que resultava em muito pouco.

Com a paralisação por causa de briga envolvendo a torcida do Peñarol e a polícia, o jogo ficou parado por dez minutos, e na volta, a tônica seguiu a mesma. Recoba arriscou de fora da área e deu um lindo passe para Álvarez, mas ambos os lances não resultaram em gol.

Os tricolores só voltaram a balançar as redes faltando pouco mais de cinco minutos pro jogo terminar. Após bate-rebate na área e tentativa de chute de Álvarez em duas vezes, Recoba deu lindo passe pra Arismendi tirar do goleiro e diminuir a vantagem, dando nova esperança dentro do jogo.

O gol, no entanto, não serviu de nada. Vitória do Peñarol que salva um Apertura péssimo com uma vitória no clássico. Nacional, que até pouco tempo não perdia pro seu rival, já convive há 1 ano e meio sem vencê-lo, além de perder outra chance de ser líder do torneio faltando pouco para o término.

Nacional: Jorge Bava; Pablo Alvarez, Andrés Scotti, Guillermo de Los Santos e Maximiliano Moreira (8'' Ismael Benegas); Maximiliano Calzada, Diego Arismendi e Álvaro Fernández; Ignacio González (8'′ Alvaro Recoba); Richard Porta (8'′ Alexander Medina) e Iván Alonso.
Treinador: Rodolfo Arruabarrena.

Peñarol: Juan Castillo; Baltasar Silva, Joe Bizera (8'′ Gonzalo Viera), Damián Macaluso e Nicolás Raguso; Marcel Novick e Sebastián Piriz; Mauro Fernández, Antonio Pacheco (42'′ Marcelo Zalayeta) e Luis Aguiar; Jonathan Rodríguez (12'′ Fabián Estoyanoff).
Treinador: Jorge Gonçalves.

Gols: Jonathan Rodríguez aos 16 e no primeiro minuto do 2T e Luis Aguiar aos 28; Iván Alonso aos 26 e Diego Arismendi aos 39 do 2T.

2 comentários:

  1. Co-irmão, sou do Futebol Portenho! Soltamos anteontem um especial sobre o Artime, talvez lhe interesse.

    Falando no Nacional, em poucos dias se completam o jubileu de prata do Mundial 88, o mais emocionante já realizado, não? Falar do Pedro Rocha também é primordial. Precisando de ajuda (tenho dois livros sobre cada um na dupla) nisso, tamos ae!

    Caio Brandão

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    1. Caio, desculpe a demora na resposta, estive bastante ocupado nesses últimos dias e alguns imprevistos aconteceram que fizeram o blog não ser atualizado. Foi um erro não ter feito esses especiais que seriam muito interessantes de serem publicados, realmente.

      Enfim, agradeço realmente o interesse que tem em nos ajudar, e espero ao menos cumprir com as datas históricas e fazer os especiais que vem a seguir.

      Novamente agradecendo,
      Gustavo Dias.

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