Jogar contra uma seleção campeã do mundo nunca é fácil. E com a atual Espanha, menos ainda. Uruguai estreou na Copa das Confederações enfrentando um dos melhores selecionados de todos os tempos e fez o que pôde para poder para-los. No entanto, isso não foi nem de perto uma ameaça aos adversários que deram um banho de bola na Celeste. O resultado final ainda pode ser considerado bom aos comandados de Maestro Tabárez que se saísse com uma goleada história iria condizer à exibição dentro de campo.
Mesmo inferior tecnicamente, Uruguai iria tentar colocar seu plano de jogo para parar os espanhois. A ideia iniciar era deixar eles saírem com a bola na defesa e marcar forte e homem-a-homem no meio-de-campo para não deixar espaço para a troca de passes. No entanto, o que se viu em campo foi a Espanha conseguindo se livrar facilmente dos marcadores uruguaios e chegando fácil ao campo de ataque.
As principais jogadas da Espanha saíam pelo lado-direito do campo. Maxi Pereira é um lateral mais ofensivo do que defensivo e não era sua especialidade a marcação. A cobertura dos volantes pelo lado também foi muito deficiente com Gargano atuando muito mal e deixando inúmeros buracos em seu setor da equipe.
Para piorar ainda mais, quando o Uruguai retinha a bola para partir ao contra-ataque, não ficava por muito tempo com ela. Isso porque a falta de aproximação entre os jogadores era enorme e sempre havia ao menos dois jogadores marcando pressão e não deixando a Celeste sair tocando, recuperando-a ainda no campo ofensivo e voltando a atacar.
Com todos esses fatores, a Espanha sobrava no primeiro tempo e era claro que o primeiro gol era questão de tempo para sair. E ele veio logo aos 20 minutos. Cobrança de escanteio e rebote para fora da área. Pedro pegou de primeira e contou com desvio de Diego Lugano para tirar Fernando Muslera do lance e coloca-la para o fundo das redes.
O gol não fez o Uruguai acordar, tampouco fez a Espanha diminuir o ritmo. La Roja permaneceu atacando e forçando o gol enquanto a Celeste não sabia o que fazer, além de marcar muito mal e perder a bola recuperada em questão de segundos. Doze minutos mais tarde da abertura do placar, ótima jogada iniciada por Andrés Iniesta no campo de defesa, enfiada de bola de Cesc Fábregas para Roberto Soldado, e o atacante do Valencia não desperdiçou estando frente a frente com Muslera.
A superioridade espanhola era algo absurdo ao final do primeiro tempo. Um total de 84% de posse de bola foi registrado contra pobre 26% do lado uruguaio. No intervalo, Oscar Tabárez fez apenas uma alteração, tirando Gastón Ramírez para a entrada de Álvaro Gonzalez. A modificação não mudou em nada o jeito da Celeste jogar, enquanto a Espanha retornou impondo seu estilo de jogo da mesma forma.
No decorrer do segundo tempo, a Espanha foi diminuindo a pressão no campo de ataque e administrou bem o jogo que já estava ganho. Uruguai mexeu colocando Nicolás Lodeiro no lugar de Walter Gargano, e depois com Diego Forlán para a saída de Diego Pérez, alterando todo o sistema de jogo e colocando o time mais pra frente, em uma tentativa desesperada de gol, que só veio em um lance isolado, através de uma linda cobrança de falta de Luis Suárez aos 44 do segundo tempo. Vitória merecida e atuação assustadoramente fraca do Uruguai que necessita e muito melhorar em relação ao jogo de domingo.
Uruguai: Fernando Muslera; Maximiliano Pereira, Diego Lugano, Diego Godín e Martín Cáceres; Diego Pérez (23'′ Diego Forlán), Walter Gargano (17'′ Nicolás Lodeiro), Cristian Rodríguez e Gastón Ramírez (45′ Alvaro González); Luis Suárez e Edinson Cavani.
Treinador: Oscar Tabárez.
Espanha: Iker Casillas; Álvaro Arbeloa, Gerard Piqué, Sergio Ramos e Jordi Alba; Sergio Busquets, Xavi (30'′ Javier Martínez), Andrés Iniesta e Cesc Fábregas (19'′ Santiago Cazorla); Pedro Rodríguez (36'′ Juan Mata) e Roberto Soldado.
Treinador: Vicente del Bosque.
Gols: Pedro aos 20 e Roberto Soldado aos 32; Luis Suárez aos 44 minutos do 2T.
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