sábado, 20 de abril de 2013

PEÑAROL JOGA MAL NOVAMENTE E PERDE DE VIRADA PARA RACING.


As más partidas do Peñarol vem se repetindo rodada após rodada. Depois de conseguir uma vitória contra o El Tanque Sisley onde tomou pressão o jogo todo e conseguiu o gol de forma esporádica, nesta rodada as coisas foram diferentes. Saíram na frente, mas viram o modesto Racing virar e conseguir a vitória. Caso queira o título, tem de mudar algo em Los Aromos.

Jorge da Silva armou diferente o Peñarol para este jogo. Voltou a ter um homem de organização do meio-de-campo como havia acontecido no Apertura. Se no semestre passado quem assumiu esse papel foi Carlos Grossmüller, o escolhido para a partida contra o Racing foi Antonio Pacheco. Outra mudança tática realizada pelo treinador foi a retirada de Sebastián Gallegos dentre os titulares, promovendo Matías Aguirregaray ao posto e ingressando com Baltasar Silva pela lateral-direita. Por último, no ataque Juan Manuel Olivera ficou de fora e em seu lugar esteve Carlos Nuñez, mudando completamente as características da dupla de ataque, tendo um jogador de velocidade caindo pelos flancos com um centroavante de área o acompanhando.

Estas alterações pareciam surtir efeito quando o jogo se iniciara. Peñarol começou a partida dominando, pressionando no campo adversário e marcando bem, explorando muito bem os lados do campo e não dando chances ao seu adversário de conseguir sair para o jogo. Tony Pacheco foi o centro da organização, lançando bolas tanto para a dupla de ataque quanto para seus companheiros de meio-de-campo. Porém, essa superioridade não se resultou em gols, já que apesar de começar bem as jogadas, as mesmas não eram concluídas. Carlos Nuñez e Marcelo Zalayeta não conseguiam o arremate final e não puderam abrir o marcador.

Esses bons momentos de Peñarol, no entanto, não duraram muito tempo. Ainda no primeiro tempo viu o Racing conseguir equilibrar o confronto, onde os cerveceros por muitas vezes chegavam mais ao ataque, além de ditar o ritmo da partida. As melhores chances do conjunto dirigido por Juan Tejera vieram pela direita. Diego Zabala, eleito o melhor do jogo, fez o que quis com o lateral-esquerdo da seleção paraguaia, Aureliano Torres e passou fácil na marcação na maioria das vezes.

O primeiro tempo mostrou o que no segundo tempo ficaria mais óbvio. Peñarol não conseguiu na maioria das vezes concluir a jogada que havia elaborado, ao contrário do Racing, que nas vezes que ameaçava, realmente chegava com perigo, principalmente com as escapadas de Diego Zabala e Agústin Gutierrez pelos lados do campo, além da chegada até a área de Cristían Díaz somada ao poder de finalização do centroavante Líber Quiñonez.

Na volta dos vestiários, a superioridade de La Escuelita não resultou na abertura do placar. Pelo contrário. Peñarol, mesmo estando jogando mal, saiu na frente. Jogada iniciada por Carlos Nuñez que conseguiu se virar bem dentro da área. No chute, a bola acertou a trave e o goleiro Jorge Contreras. Ainda sim, sobrou rebote e foi quando Baltasar Silva finalmente colocou a bola dentro do gol e fez 1x0 no Centenário.

A vantagem no placar não foi o suficiente para o Peñarol melhorar dentro de campo e o Racing perseguia o gol e permanecia melhor no jogo. Até que em um certo momento, os cerveceros tiveram uma chance clara de gol. Gutierrez roubou bola de Carlos Valdez no meio-de-campo, e o atacante foi correndo até o gol para marcar tendo apenas o goleiro Enrique Bologna como adversário. O zagueiro carbonero só parou o atacante em um carrinho por trás e o árbitro não hesitou em aplicar o cartão vermelho e deixar os manyas com um homem a menos.

Essa vantagem numérica era o necessário para que o Racing conseguisse a vitória. Da Silva colocou Joaquín Aguirre em campo sem esperar a cobrança da falta ser realizada. Isso se mostrou um erro fatal, já que Líber Quiñonez cobrou e a bola foi no ângulo, empatando a partida aos 23 minutos do segundo tempo.

A partir daí, tudo piorou ao Peñarol. A alteração foi mal feita e os manyas se desorganizaram dentro de campo, facilitando a tarefa do Racing. E não demorou muito para o segundo gol vir. Carlos Díaz passou como quis por Aureliano Torres, fez uma boa jogada e chutou forte sem chances para Bologna. Virada cervecera faltando vinte minutos para o término da partida.

Peñarol tentou alguma coisa nesse tempo restante, mas chances de verdade praticamente não aconteceram. Racing se fechou bem e não deu nenhuma oportunidade dos manyas fazerem algum gol. Derrota e mais um mal jogo. Da Silva não está conseguindo fazer com que o time repita as boas atuações do semestre passado. Tem de tomar cuidado para não perder a liderança da Tabla Anual, e tem que fazer esse time voltar a jogar bola até a final do campeonato.

Peñarol: Enrique Bologna; Baltasar Silva, Damián Macaluso, Carlos Valdez e Aureliano Torres (34'′ Miguel Amado); Marcel Novick, Matías Aguirregaray, Fabián Estoyanoff e Antonio Pacheco (31'′ Jorge Zambrana); Carlos Núñez (23'′ Joaquín Aguirre) e Marcelo Zalayeta.
Treinador: Jorge da Silva.

Racing: Jorge Contreras; Gonzalo Aguilar, Rodrigo Brasesco, Manuel Fernández e Darwin Torres; Ernesto Dudok, Carlos Díaz, Jorge González (16'′ Carlos Acosta) e Diego Zabala; Agustín Gutiérrez (41'′ Néstor Silva) e Líber Quiñones.
Treinador: Juan Tejera.

Gols: Baltasar Silva aos 11 minutos do 2T; Líber Quiñones aos 23 minutos do 2T e Carlos Díaz aos 27 minutos do 2T.

Cartão vermelho: Carlos Valdez aos 23 minutos do 2T.

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