Com o time titular, dificilmente em âmbito nacional alguém os vence. Peñarol foi com o que tinha de melhor enfrentar o Bella Vista no estádio Centenário e não deu chances para seu rival da ocasião. Jogando de forma bem superior, o time de Jorge da Silva venceu outra, desta vez por 2-0, e vai somando pontos importantes para permanecer na liderança da Tabla Anual.
Peñarol novamente se aproveitou dos bons jogadores de lado que tem para construir mais uma vitória. Pelo lado direito, Aguirregaray voltou após suspensão e ocupou a lateral enquanto Estoyanoff foi pelo meio. Ambos apoiavam bastante, e enquanto el Vasquito jogava mais colado á linha, Estoyanoff cortava para o meio do campo. No lado esquerdo, o mesmo ocorreu com Aureliano Torres e Sebástian Gallegos, que permaneceu no time titular.
Enquanto isso, o Bella Vista se preocupava mais em não tomar gol do que tentar alguma coisa a mais. Julio Ribas colocou em campo um inusitado 1-4-3-1-1. Atrás da linha de quatro defensores, estava Leonel Pilipauskas, que atuava como um líbero. Se já não bastasse, no meio três volantes e Matías Abisab sendo o único responsável pela organização e tendo como alvo somente um atacante, Federico Laens.
Com isso, o gol do Peñarol era uma questão de tempo. Porém, ás vezes a sorte parecia não estar do lado dos aurinegros que não conseguiam abrir o marcador pelos erros no último passe. Zalayeta começou a arriscar de fora da área, mas não obteve sucesso. Até que aos 33, Estoyanoff chutou forte e tratou de fazer 1-0.
Na segunda etapa, Da Silva preferiu dar descanso á Sebástian Cristóforo e promoveu a entrada de Antonio Pacheco, que vem buscando ritmo e jogo após um longo tempo se recuperando de lesão. O ingresso de Tony na partida recuperou o esquema tático utilizado no título do Apertura 12'. Um 4-1-2-1-2, com apenas um volante de marcação, dois pontas e um enganche (que na época foi Carlos Grossmüller), servindo os dois atacantes.
A alteração, pode se dizer que teve o efeito esperado até rápido demais. Não eram nem dois minutos do segundo tempo quando Pilipauskas falhou e Oliveira lançou Gallegos para fazer 2-0 e praticamente liquidar a partida com um tempo inteiro para se jogar ainda. Era certo que o bella Vista não conseguiria uma reação a ponto de empatar.
O resto do cotejo serviu como um treino de luxo. Bella Vista não arriscava, Peñarol controlava e Da Silva testava. tirou dois titulares no decorrer da etapa final, que foram Marcel Novick e Marcelo alayeta e colocou dois jovens que querem mostrar serviço: Ignacio Nicollini e Carlos Nuñez.
Peñarol venceu fácil e após o tropeço na primeira rodada, se recuperou vencendo duas seguidas. Pontos importantes que vai distanciando o time de seus rivais. A derrota do Defensor deixou os manyas 5 pontos a frente na Tabla Anual, que é o que realmente interessa. Enquanto o Bella Vista perdeu a terceira seguida e é o último. Todos os problemas em termos de salário e dívidas vem afetando o desempenho da equipe, que tem sério risco de ser rebaixada.
Peñarol: Enrique Bologna. Matías Aguirregaray, Carlos Valdez, Darío Rodríguez e Aureliano Torres; Marcel Novick (14'′ Ignacio Nicolini), Sebastián Cristóforo (45′ Antonio Pacheco), Fabián Estoyanoff e Sebastián Gallegos; Marcelo Zalayeta (32'′ Carlos Núñez) e Juan Manuel Olivera.
Treinador: Jorge da Silva.
Bella Vista: Mauricio Nanni; Leonel Pilipauskas; Federico Díaz, Haibrany Ruiz Díaz, Gastón Pagano e Marcelo Martusciello; Simón Vanderhoeght (12''Ignacio Lemmo), Marcel Román (12'′ Gonzalo Vargas) e Gonzalo Freitas; Matías Abisab; Federico Laens (11'′ Guido Abayian).
Treinador: Julio Ribas.
Gols: Fabián Estoyanoff aos 18 do 1T e Sebastián Gallegos no minuto 2 do 2T.
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