domingo, 3 de março de 2013

NACIONAL APRESENTA FUTEBOL HORRÍVEL E EMPATA COM CERRO LARGO.


Nacional viajou a Melo extremamente pressionado por resultado e uma exibição satisfatória. A paciência com o treinador Gustavo Díaz por parte da torcida se esgotou faz tempo e já era tarde que o investimento feito desse resultado de forma imediata. Porém, o que se viu foi mais do mesmo e um adversário que enfrentou de igual para igual os tricolores. No final, o empate pode ser a gota d'água para que as coisas mudem definitivamente em Los Cespédes.

Novamente Díaz escolheu os métodos errados para colocar sua equipe em campo. O 4-2-3-1 foi a primeira opção do treinador desde sua chegada ao clube e mesmo com os resultados não dando certo, a formação tática continua sendo a mais utilizada. A aposta de deixar o juvenil atacante Carlos de Pena como lateral-esquerdo deu extremamente errado, e a insistência com Adrián Romero no time titular é algo de incomodar os mais profundos torcedores do Nacional. Com esses dois jogadores dentre os quatro que formaram a defesa já fizeram com que a marcação ficasse extremamente deficitária.

Outros erros do esquema tática é que os principais jogadores do plantel não tem as características necessárias onde deve ser aplicada essa formação. Damonte mostrou não estar pronto para ser titular e perdei inúmeras vezes na corrida contra jogadores do Cerro Largo. Recoba já está em uma idade avançada e uma marcação pressão contando com Chino é apenas o desgastar ainda mais fisicamente.

O equilíbrio do setor defesa-ataque também foi bastante comprometido. Por inúmeras vezes a defesa ficava desprotegida como quando a equipe atacava e apenas três jogadores ficavam fazendo a defesa. A desorganização só mostrou a falta de entrosamento que é algo inexplicável já que o treinador e o plantel vem juntos desde julho do ano passado.

Um dos exemplos dessa falta de entrosamento e organização é que em determinados momentos da partida, vários jogadores estavam em posições completamente opostas as suas. Christian Nuñez apareceu como lateral-esquerdo, Nicolás Prieto como lateral-direito, De Pena na meia-direita, Alonso na ponta-direita, César na esquerda e Bueno atuando praticamente como enganche.

Os dois únicos pontos positivos das mudanças realizadas pro Chavo no jogo foi o ingresso de Prieto, Bueno e César no time titular. Se o volante argentino mais uma vez não correspondeu, seu companheiro Nicolás Prieto foi um dos melhores. Em sua estreia como titular o garoto mostrou a velocidade necessária no meio-de-campo e apoiou bem ajudando no ataque. E no setor ofensivo, mostrou que Gonzalo Bueno e Renato César tem que ser titulares. Rapidez, técnica e poder de finalização, algo que em nenhum jogador do plantel tricolor, exceto os dois, tem.

Todos esses problemas citados só fizeram com que o Nacional mais uma vez passasse aperto dentro do jogo e foi aí que surgiu o goleiro Jorge Bava. Grandes defesas do arqueiro tricolor garantiram o resultado de empate que se não fosse por ele, poderia ter sido uma trágica derrota. Por inúmeras vezes ganhou no um-contra-um e atuou como se fosse um líbero.

A tática colocada em campo do Cerro Largo era simples. Na defesa, ninguém sobe. Povoou o meio-de-campo não deixando o Nacional jogar e colocava Fabricio Nuñez como alvo no ataque pra correr pra cima da defesa tricolor contando com o apoio de alguns jogadores que tinham mais poder de ofensividade.

Nacional conseguiu começar ganhando a partida com um gol aos 23 minutos de jogo. Um erro na defesa do Cerro Largo fez com que a bola parasse nos pés de Iván Alonso, que tocou para Renato César na esquerda. O mesmo chutou cruzado e o goleiro Álvaro García não defendeu e o Bolso abriu vantagem no placar.

Porém, essa vantagem no marcador não durou mais que dez minutos. Cruzamento da esquerda para o meio da área. Nenhum defensor tirou a bola que parou nos pés de Fabricio Nuñez e o mesmo não perdoou e chutou forte no lado esquerdo de Bava, que nada pôde fazer além de pegar a bola no fundo das redes.

A partida seguiu um ritmo rápido e dinâmico, mas a pouca técnica sobressaia. Nacional tentou dar mais velocidade no jogo com o ingresso de Santiago Romero no início do segundo tempo, mas logo depois saiu no abafa de forma desorganizada pra tentar o gol de qualquer jeito. Adrián Luna entrou no lugar de Prieto e Loco Abreu substituiu César, mas nada adiantou. Após o término do jogo, Abreu ainda arrumou uma expulsão após discutir com o árbitro Daniel Fedorczuk.

Nacional joga mal mais uma vez e empatou contra o Cerro Largo fora-de-casa. A pressão se tornou insustentável e o treinador Gustavo Díaz entregou seu cargo á diretoria após o término do confronto em reunião com o presidente Eduardo Ache. Como nem todos os diretores estavam em Melo, a confirmação de sua saída ainda não foi aceita. Mas muito provavelmente Díaz não seguirá no comando do Bolso.

Cerro Largo: Álvaro García; Nicolás Rodríguez, Darío Flores, Daniel Leites e Mauricio Ruiz; Rodrigo Alvez, Bruno Silva, Felipe Klein e Maximiliano Cantera (21′' Davinson de Jesús (45′' Gonzalo Castillo)); Fabricio Núñez e Gabriel Fernández (37'′ Marcos Neves). 
Treinador: Danielo Núñez.

Nacional: Jorge Bava; Christian Núñez, Alejandro Lembo, Adrián Romero e Carlos de Pena; Israel Damonte (10'′ Santiago Romero) e Nicolás Prieto (29'′ Adrián Luna); Renato César (20'′ Sebastián Abreu), Álvaro Recoba e Gonzalo Bueno; Iván Alonso. 
Treinador: Gustavo Díaz.

Gols: Renato César aos 23 minutos de jogo e Fabricio Núñez aos 32 minutos.

Cartão vermelho: Loco Abreu após o término da partida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário