Não deu desta vez. Defensor Sporting foi á Assunção, no Paraguai, decidir por tudo ou não, se seguia ou não na Copa Libertadores. Mas o fraco futebol violeta não levou a equipe adiante após levar 2x0 do Olimpia que segue na competição, enquanto la Viola fica no caminho e foca no Torneio Clausura e para tentar participar da Copa por mais uma oportunidade.
Tabaré Silva e seus comandados viajaram para o Paraguai decididos a saírem com a classificação para a fase de grupos na bagagem. Sem Nico Olivera, contundido, ao menos teriam que fazer um gol já que além da vitória, empate com gols daria a passagem para o Defensor. Porém, na hora do jogo, a atuação e atitude dos jogadores não demonstraram a ambição do clube no torneio.
Apesar de ter de fazer um gol, a primeira estratégia dos time foi de se defender. Deixou o Olimpia jogar e ficar com a bola esperando um erro para apostar na velocidade, uma das maiores qualidades do Defensores, se não a maior. Mas para se ter um sistema de jogo como esse, teria de ter uma defesa rígida que fosse firme quando necessário, algo que definitivamente não ocorreu. Buracos por toda a defesa e falhas de marcação deram a tona da parte defensiva violeta durante todo o jogo.
Na parte ofensiva, também não fugia muito. Damián Luna ocupou o lugar deixado por Nico e foi o responsável por buscar o jogo, distribuir a bola e encostar em Ignacio Risso. Mas sem receber a bola muitas vezes, o argentino também não deu o toque de bola no meio-de-campo e foi muito mal, deixando Risso muitas vezes isolado no comando do ataque.
E com todos esses motivos citados acima, o gol do Olimpia não demorou a vir. Chegando no ataque, maioria das vezes levava perigo. E em mais uma decida de Alejandro Silva, lateral uruguaio e um dos melhores do Olimpia no jogo, saiu o gol. Cruzamento para dentro da área e Juan Carlos Ferreyra, el Tanque, cabeceou pro fundo das redes e abriu o placar.
Atrás do placar, o Defensor tinha de sair mais pro jogo. Mesmo levando o gol, caso empatasse, a classificação era dos violetas, já que empate com gols o classificavam, mas ficar recuado era a última forma de tentar empatar. No entanto, Tabaré já não contava com seu ponta pleo lado esquerdo, Diego Zurdo Rodríguez, que se machucara segundos antes do gol do Olimpia e em seu lugar, entrou o volante Juan Carlos Amado, invertendo com Aníbal Hernandez, outro jogador que não foi bem.
Em suas investidas ao ataque, pouco era produzido. Principal forma de chegar mais rápido ao gol era com Luna, mas que estava muito mal no jogo. Assim, o Defensor saiu do primeiro tempo mal, sem profundidade e com apenas poucos lances no ataque, além de uma defesa frágil e que dava espaços demais ao olimpia que soube aproveitar.
Na volta para a segunda etapa, Silva tirou Luna e colocou o pesado centroavante Maximiliano Callorda e mostrou o que o Defensor queria na segunda etapa. Com a entrada de Callorda, os violetas ganhavam no jogo aéreo e que seriam aproveitado pelos pontas e laterais. E com dois centroavantes, um dos dois tinha de recuar para ajudar no meio-de-campo.
Os primeiros minutos da segunda etapa foram interessantes, Defensor voltou com mais vontade e chegava mais regularmente ao gol defendido por Martín Silva, mas que não teve muito com o que se preocupar. As jogadas eram bem feitas, mas a conclusão nunca era a esperada.
Aos poucos, essas chegadas do Defensor foram diminuindo até se tornarem esporádicas. Um lance com Maximiliano Callorda em que muitos julgaram que foi penalty foi o máximo que o Defensor conseguiu fazer no jogo. E o Olimpia jogava tranquilo e foi ao ataque nos espaços deixados pelos uruguaios.
E foi quando aos 15 minutos do segundo tempo, veio o segundo gol paraguaio e que decretou a vitória do Olimpia. Eduardo Aranda arriscou chute de fora da área, e apesar de ser muito potente, a bola foi no meio do gol e Yonathán Irrazábal não defendeu. Olimpia aumentava sua vantagem dentro do jogo e a busca por um empate se tornara impossível ao Defensor.
Quando já estava 1x0 para o time adversário, a equipe de Tabaré Silva não ameaçou o Olimpia. E no segundo gol, a postura manteve-se a mesma. A desorganização imperou e Martín Silva durante mais da metade da segunda etapa foi um mero expectador. Nem os famosos chutões pra frente ocorrerão e algumas vezes, a defesa paraguaia ficava trocando bola em sua defesa esperando o tempo passar. Até que Heber Roberto Lopes apitou o final do jogo, e com o Defensor fora da Libertadores 2013.
Olimpia: Martín Silva; Salustiano Candia, Herminio Miranda e Enrique Meza; Jorge Báez (45′ Sebastián Ariosa), Alejandro Silva (22'′ Julio Manzur), Richard Ortíz, Eduardo Aranda e Tomás Guzmán (14'′ Carlos Paredes); Juan Carlos Ferreyra e Freddy Barreiro.
Treinador: Ever Hugo Almeida
Defensor Sporting: Yonathan Irrazábal; Emilio Zeballos, Ramón Arias, Mario Risso e Robert Herrera (34'′ Jonathan Jordan); Andrés Fleurquin, Diego “Toro” Rodríguez, Aníbal Hernández e Diego “Zurdo” Rodríguez (34′ Juan Carlos Amado); Damián Luna (45′ Maximiliano Callorda) e Ignacio Risso
Treinador: Tabaré Silva
Gols: Juan Carlos Ferreyra aos 34 minutos do primeiro tempo e Eduardo Aranda aos 15 minutos da segunda etapa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário