Emocionante. Agônico. Fantástico. Com certeza, essas foram algumas das palavras que definem a partida que Peñarol e Nacional protagonizaram nesta tarde. Uma partida que teve tudo de um jogo sensacional envolvendo dois grandes clubes.
Sobre os 90 minutos, a partida começou fulminante. Ótimo para os aurinegros, e péssimo para os tricolores. Menos de 1 minuto de jogo, Rolín chuta, Zalayeta coloca a mão na bola, juiz manda seguir, e a bola sobra para Mora, que abre o placar.
Passando os minutos, o Peñarol continuava bem no jogo. Com Scotti na lateral direita, o Peñarol viu uma boa oportunidade de explorar aquele lado. E o zagueiro improvisado teve dificuldades no começo, onde teve que parar muitas vezes com falta.
Mas mesmo com a superioridade aurinegra, o Nacional chegou algumas vezes com perigo. Aos 11 minutos, Medina disputou uma bola dentro da área, foi tocado, e caiu pedindo penalty. Juiz novamente e certamente, não ouviu a reclamação tricolor e deu escanteio.
Dois minutos depois, o Nacional chegaria mais uma vez no ataque. Falta de Valdez, que recebeu cartão amarelo, na lateral esquerdo do campo de ataque. Cobrança de Viudez, e Albín, que disputava a bola com Porta, colocou a mão na bola dentro da área: penalty clamoroso. Richard Porta correu, bateu forte e no alto, e empatou o jogo.
Após o gol, o Peñarol novamente tomou as rédias da partida. Aos 22, cruzamento de Zalayeta para Mora na pequena área, mas Damonte tirou em cima da hora.
Mas o Peñarol chegaria de novo, e ninguém iria o pegar. Aos 25, Aguiar na lateral esquerda fez um belo cruzamento para Zalayeta na meia lua. O atacante pegou de primeira, e sem deixar a bola cair, chutou no canto esquerdo de Bava fazendo um belo gol e colocando novamente o time manya na frente do placar.
O Nacional se via pior que o Peñarol, e atrás do placar após ter empatado. O time tricolor tentava ir ao ataque, mas não conseguia. Além disso, aos 37 minutos, viu Jadson Viera ter que sair lesionado após forte entrada de Dario Rodriguez.
Tentando sair para o vestiário com ao menos o empate, o Nacional começou a pressionar o Peñarol. E logo em uma das primeiras chances que teve, marcou. Escanteio cobrado por Viudez, Porta desvia no primeiro pau, e Piríz, na pequena área, empata o jogo faltando 4 minutos para o fim do primeiro tempo.
Na volta para o segundo tempo, os times voltaram iguais ao que terminaram a primeira etapa. Mas a principal mudança seria aos 5 minutos da etapa complementar. Álvaro 'Chino' Recoba entra em campo no lugar de 'Cacique' Medina.
3 minutos depois, falta de Valdez na entrada da área em cima de Damonte. Chino vai para a cobrança e para tocar pela primeira vez na bola neste clássico. Recoba chuta no canto de Gelpi, sem chances para o jovem goleiro manya defender. Era a virada tricolor.
Ficando pela primeira vez na frente do placar, o time ficou na defesa, apenas a espera de um contra-ataque. Gallardo lançou Cabrera no jogo no lugar de Damonte, mas não desmanchou o esquema com três volantes de pegada.
Aos 19 minutos, um lance que assustou a todos. Após receber uma pancada, Scotti ficou desmaiado em campo. E também, Porta ficou um bom tempo fora após se chocar com Albín em um escanteio. No entanto, minutos mais tarde, os dois já estavam em campo.
Na busca do gol, da Silva resolveu fazer um trio ofensivo. Maximiliano Perez entrou no lugar de Luis Aguiar, e assim, o time se postou em um 4-3-3, com Estoyanoff enganche, e Cristoforo ficando como volante ao lado de Novick.
Mesmo indo para o ataque e com bastante ofensividade, o time não conseguia fazer o gol. E aos 31 minutos quase levou o quarto. Chino Recoba cobrou escanteio fechado, e quando a bola tinha endereço certo, Gelpi tirou com a ponta dos dedos.
Mas 3 minutos depois, o Peñarol teve uma chance incrível. Cruzamento vindo da direita, e Maximiliano Perez, a poucos passos do gol, dá um carrinho na bola, mas Bava faz defesa espetacular.
Tentando mudar a carcterística do ataque, da Silva coloca Santiago Silva no lugar de Rodrigo Mora. E a substituição, por um momento, quase deu certo.
Cruzamento na área, e Santiago Silva cabeceia forte, mas Jorge Bava faz um milagre e salva o Nacional mais uma vez.
Aos 45, Nacional fica com um a menos. Darwin Torres faz falta dura, recebe o segundo amarelo e o vermelho e deixa o tricolor com apenas 10 em campo.
Aos 46, outro cabeceio de Santiago Silva, e de novo, Bava faz outra defesa.
A última chance do time carbonero foi aos 49. Estoyanoff na esquerda, cruza no segundo pau para Maxi Perez, mas o atacante cabeceia fora do gol.
Após o lance, foi o fim de jogo. O Nacional ressurgiu dentro da partida, e de novo, Chino Recoba, como no Apertura, dá a vitória ao tricolor contra o Peñarol.
Para o Peñarol, só resta pensar na temporada que vem, já que está sem chances de conquistar o título do Clausura, e é praticamente impossível ser líder da Tabla Anual.
Já o Nacional, vai tentar secar o Defensor nas últimas duas rodadas para ter chance de título no Clausura, e vai administrar a vantagem que tem na Tabla Anual.
Peñarol: Leandro Gelpi; Emiliano Albín, Carlos Valdez, Alejandro González e Darío Rodríguez; Marcel Novick, Sebastián Cristóforo (39'′ Nicolás Freitas), Luis Aguiar (27'′ Maximiliano Pérez) e Fabián Estoyanoff; Rodrigo Mora (41'′ Santiago Silva) e Marcelo Zalayeta.
Treinador: Jorge Da Silva.
Nacional: Jorge Bava; Andrés Scotti, Jadson Viera (39′ Pablo Alvarez), Alexis Rolín e Darwin Torres; Maximiliano Calzada, Facundo Píriz e Israel Damonte (12'′ Matías Cabrera); Tabaré Viudez; Richard Porta e Alexander Medina (7'′ Alvaro Recoba).
T:reinador Marcelo Gallardo.
Gols: Rodrigo Mora ao 1 minuto de jogo e Marcelo Zalayeta aos 25 do primeiro tempo; Richard Porta, de penalty, aos 15 do primeiro tempo, Facundo Piríz aos 41 e Álvaro Recoba aos 11 do segundo tempo.
Cartão vermelho: Darwin Torres aos 45 do segundo tempo.
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