quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

AGONIZANTE VIRADA DO PEÑAROL SOBRE RIVER PLATE.


Tudo indicava para mais um início fraco do Peñarol em um campeonato nacional. A exemplo do Apertura, o placar mostrava até os últimos minutos a vantagem posta e justamente adquirida pelo River Plate ao longo do jogo. No entanto, não é apenas de atuação dos onze homens de cada lado que se faz um jogo de futebol. Em um intervalo de cinco minutos, os manyas conseguiram uma virada inimaginável e venceram os darseneros dentro do Centenário.

A grande parte do jogo foi dominada pelo River. Assim como no semestre passado, os darseneros apresentaram um estilo de jogo já adotado há algum tempo, além de terem um entrosamento claro e adição de jogadores importantes como o retorno de Jonathan Ramírez ao seu clube de origem.

E indo na contra-mão, estava o Peñarol. Com pouco tempo preparando a equipe, Jorge Fossati teve que fazer algo com o que tinha. Adotou o esquema com três zagueiros aproveitando a ofensividade dos laterais e tendo como referência na armação Tony Pacheco. Mas se na teoria a coisa poderia funcionar, a prática mostrou algo totalmente diferente. Sem conseguir infiltração e profundidade, a equipe ainda sofria na lentidão da parte defensiva. No ataque, a dupla formada por Jona Rodríguez e Zalayeta se prendia em meio a zaga adversária.

A superioridade dos mandantes foi mostrada logo de início. Cruzamento de Martín Alaniz pela esquerda, falha monumental de Juan Castillo e Sebastián Taborda, em seu papel característico de centro-avante, vence o arqueiro adversário e marca ao River Plate.

Sem ver uma resposta de seu time em campo, Fossati colocou em campo Japo Rodríguez no lugar de Pablo Lima, apagado no jogo. Improvisando o meia na ala-esquerda, buscava mais ofensividade aproveitar as descidas do lateral-direito. Mas a má fase do jogador, principalmente, influenciou em mais uma atuação ruim do atleta ex-River.

Castillo buscou se redimir da falha ao fazer uma ótima defesa em uma jogada que foi repetida do gol. Passe de Alaniz e conclusão de Taborda. Peñarol estava atordoado e não dava sinais de melhora. Pior, mostrava que se fosse para sair gol de alguém, seria do River Plate.

Com o passar do tempo, River mais e mais parava e pressionar e buscava aproveitar o erro do Peñarol para sair em velocidade no contra-ataque e matar o jogo ao fazer mais um gol. Por diversas vezes isso quase aconteceu, no que se demonstrou ser extremamente determinante ao final do jogo. Do outro lado, Mauro Fernández era a última cartada de Fossati para que o gol saísse.

Até que aos 40 minutos, em um lance mal concluído por Antonio Pacheco, o ataque que o River desejava saiu. Cristian Techera teve a bola que daria a vitória nos pés, mas incrivelmente acabou desperdiçando. No contra-golpe, o erro do atacante foi fatal: Pacheco para Mauro Fernández e o gol do empate do Peñarol, tão desejado, finalmente saia.

Os últimos minutos prometiam de tudo. Logo depois, Sebastián Taborda acabou sendo expulso e deixou o River com um homem a menos, inflamando a ''hinchada'' manya presente em sua maioria no estádio. E para completar a festa dos que estavam ali, penalty marcado e Tony Pacheco tratou de dar a agonizante vitória ao Peñarol. 

River Plate: Damián Frascarelli; Claudio Herrera, Williams Martinez, Cristian González e Luis Torrecilla; Claudio Inella (20'′ Gabriel Marques), Hamilton Pereira, Claudio Gorriarán (36'′ Cristian Techera) e Martín Alaniz; Jonathan Ramírez (30′ Michel Santos) e Sebastián Taborda.
Treinador: Guillermo Almada.

Peñarol: Juan Castillo; Damián Macaluso, Carlos Valdez e Darío Rodríguez; Baltasar Silva, Sebastián Piriz (6'′ Sergio Orteman), Luis Aguiar e Pablo Lima (45′ Jorge Rodríguez); Antonio Pacheco; Jonathan Rodríguez (20'′ Mauro Fernández) e Marcelo Zalayeta.
Treinador: Jorge Fossati.

Gols: Sebastián Taborda aos oito minutos de jogo; Mauro Fernández aos 41 do 2T e Antonio Pacheco no último minuto de jogo.

Cartão vermelho: Sebastián Taborda aos 42 minutos do 2T.

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