No primeiro teste na temporada, ambos os times mostraram equivalência. Nenhum se sobressaiu sobre o outro e como era de se esperar, o empate era o resultado mais justo, no que realmente aconteceu. A decisão, nas cobranças de penaltis, tinha de colocar um vencedor no confronto que acabou sendo o Nacional após a cobrança de Paolo Hurtado em que arqueiro tricolor defendeu.
Do lado aurinegro, muita intensidade e velocidade, mas tinha um meio-de-campo frágil na armação. Japo Rodríguez mais uma vez demonstrou fraqueza e Lolo Estoyanoff tentava muito, mas pouco conseguia dentro de campo. Por muitas vezes, tanto Nuñez quanto Jona Rodríguez retornavam pra fazer essa bola chegar mais facilmente ao gol de Leonardo Burián.
Na criação, ficava Luis Aguiar, que se desprendia da parte defensiva e ia ao apoio pra atuar muitas vezes como um enganche. Muito bom na distribuição dos passes, era o jogador criativo do time. No entanto, com apenas trinta minutos de jogo, foi expulso, tirando toda as possibilidades de jogadas do time além de deixar sua equipe com um jogador a menos.
Pelos tricolores, um esquema também clássico. Dois jogadores de lado, um no centro como enganche, e a referência na frente. Sem os principais do elenco, a solução para Gerardo Pelusso era a garotada. Rafael García, Renato César, Gonzalo Ramos e Carlos de Pena tiveram uma chance de demonstrar qualidade nesse clássico.
Outro que tinha chance era Morro García, pouquíssimo utilizado por Rodolfo Arruabarrena, e que ganhou uma nova chance nesse início de ano. Apesar de estar acima do peso, conseguiu ter uma mobilidade aceitável, mas pecou nas finalizações. Deixou de abrir o marcador por três vezes na primeira parte da partida.
Na segunda etapa, Peñarol se preocupou mais em não levar gols do que se arriscar no ataque. Com um jogador a menos, tinha de ter a velocidade como principal recurso. No entanto, a expectativa de forma de jogo não deu certo e Jonathan Rodríguez ficou muito isolado no ataque, sendo presa fácil pra defesa bolsilluda.
Agora com Medina como centroavante, Nacional melhorou seu nível de atuação na segunda etapa e por diversas vezes ameaçou o gol de Lerda. Porém, o gol não saiu e o vencedor tinha de ser definido nas cobranças de penaltis. E foi aí, que os tricolores levaram a melhor. Renato César errou, mas Ignacio Nicolli logo em seguida, e mais tarde, Paolo Hurtado, também desperdiçaram suas cobranças fazendo com que a vitória ficasse para os Bolsos.
Agora, pela Copa Bandes, haverá a final. Sporting Cristal e Vélez Sarsfield fizeram a prévia do clássico e também terminaram empatados. Nos penaltis, 3x0 para os peruanos que enfrentam o Nacional, enquanto o Peñarol novamente se defronta contra os Liniers.
Nacional: Leonardo Burián; Pablo Alvarez, Guillermo de Los Santos, Ismael Benegas e Juan Manuel Díaz; Maximiliano Calzada (30'´Hugo Dorrego) e Rafael García; Renato César, Gonzalo Ramos e Carlos de Pena (46′ Gastón Pereiro); Santiago García (46′ Alexander Medina).
Treinador: Gerardo Pelusso.
Peñarol: Danilo Lerda; Baltasar Silva, Damián Macaluso, Gonzalo Viera e Pablo Lima (6'′ Nicolás Raguso); Fabián Estoyanoff (31'´Hernán Novick), Luis Aguiar, Sebastián Piriz e Jorge Rodríguez (46′ Mauro Fernández); Jonathan Rodríguez (20'′ Paolo Hurtado) e Carlos Núñez (35′ Ignacio Nicolini).
Treinador: Jorge Gonçalves.
Cartão vermelho: Luis Aguiar aos 30 minutos de jogo.
Decisão por penaltis: Convertidos - Alexander Medina (Nacional), Marcel Novick (Peñarol), Gastón Pereiro (Nacional), Mauro Fernández (Peñarol), Hugo Dorrego (Nacional), Nicolás Raguso (Peñarol) e Ismael Benegas (Nacional).
Desperdiçados - Renato César (Nacional), Ignacio Nicolini (Peñarol) e Paolo Hurtado (Peñarol).
Nenhum comentário:
Postar um comentário