Uruguai foi rumo à Quito enfrentar a seleção da casa com o objetivo de uma vitória para conseguir uma classificação de forma direta. No entanto, a Celeste não manteve o nível dos jogos anteriores e acabou por ser derrotada pelo placar mínimo. É quase certo que a repescagem será disputada mais uma vez, pela 4ª oportunidade seguida.
A estratégia traçada por Oscar Tabárez era de iniciar a partida na defesa. A altitude de Quito era um fator que atrapalhava e muito o Uruguai, e por isso, teria que ter cautela dentro de campo. Maxi Pereira e Jorge Fucile ficavam mais presos á zona defensiva e não se arriscavam muito ao ataque. Cristian Rodríguez fechava no meio-de-campo, fazendo companhia aos dois volantes, Gargano e Arévalo Ríos, enquanto Cavani ficava mais isolado com Suárez.
A marcação ocorria atrás da linha da bola, justamente para que não houvesse tanto desgasto físico. E quando tinha a posse de bola, não era preciso ter pressa. Teria que rodar bastante e tentar chegar aos mais avançados da frente que possibilitariam uma melhor presença na área e na criação de jogadas.
Equador ameaçou no início com uma bola cruzada na área onde ninguém apareceu pra concluir. A resposta veio poucos minutos depois em boa participação Maxi Pereira no campo ofensivo. O lateral-direito passou á Suárez e o atacante do Liverpool cruzou rasteiro para Cavani que não chegou por centímetros e não fez o gol.
Porém, as investidas dos Equador foram se tornando mais claras. Uruguai não ia ao campo de ataque e sofria com as bolas sempre rondando a área. Por algumas vezes situações claras de perigo não aconteceram graças a um desvio fatal, como foi de José María Giménez após cruzamento.
Lado direito do Equador, e esquerdo defensivo do Uruguai, era o mais explorado. Inúmeras jogadas aconteciam por ali e estava claro que caso o gol saísse, seria pelo setor. E aos 30 minutos, aconteceu o que já estava previsto há algum tempo dentro de campo. Falha de Godín, cruzamento de Valencia e gol de Jefferson Monteiro, para explodir o estádio.
Com o gol sofrido, Uruguai adiantou um pouco mais as linhas e deu maior liberdade aos laterais para que fossem ao ataque. A mudança em primeiro sentido não fez efeito, já que o Equador chegou outras duas vezes com perigo em que Muslera defendeu bem. Depois, a Celeste até que conseguiu tramar uma boa jogada, que terminou em Cavani que tentou buscar o penalty.
Para o segundo tempo, Tabárez fez apenas alterações no formato de jogo. Ao invés de ter uma linha de três, optou por colocar Giménez como lateral-direito, e empurrar Maxi Pereira para a meia-direita, transformando o time em um 4-4-2, completando com Cebolla Rodríguez na meia-esquerda. A tentativa era dar uma melhor proteção no lados do campo, mas sem perder a ofensividade.
Apesar do Equador ter chegado primeiro, e novamente pela esquerda, o Uruguai foi tendo o controle da segunda etapa, e colocando a seleção mandante, em alguns momentos, presa em sua própria zona defensiva. Suárez teve duas chances em cobranças de falta perto do gol, mas acabou por desperdiçar ambas.
Ainda acuado na defesa, quase que a vantagem foi ampliada ao Equador. Sempre pelo mesmo lado, Antonio Valencia cruzou para a área e contou com a falha de Muslera. O goleiro saiu mal e não defendeu a bola. E para sorte do arqueiro e de todos os uruguaios, estava José María Giménez para tirar a bola pra escanteio no momento certo.
Querendo ao menos o empate, Tabárez fez algumas modificações no time. Tirou Maxi Pereira e Walter Gargano e colocou Diego Forlán e Alejandro Silva. Com um enganche e um volante que sai mais para o jogo, o objetivo era ter o controle no meio-de-campo e chegar com maior qualidade ao ataque.
Com o passar dos minutos, Equador ia se preocupando apenas em ter o jogo na mão e não deixar a vitória escapar. Uruguai ia tentando alguma coisa, mas sempre pecava no último lance para que o gol saísse. No último minuto, Cavani teve a bola do jogo pra deixar tudo igual, mas chutou forte demais e não marcou.
No final, derrota fora-de-casa e que significa quase que certa mais uma participação nas Eliminatórias. Equador e Chile se enfrentam e um empate garante ambos de forma direta. Uruguai teria de torcer para um dos dois vencerem e fazer sua parte contra a Argentina. Caso isso não aconteça, que é o mais provável, o adversário na repescagem deverá ser a Jordânia.
Equador: Alexander Domínguez; Juan Carlos Paredes, Jorge Guagua, Frickson Erazo e Walter Ayoví; Segundo Castillo, Cristian Noboa, Antonio Valencia e Jefferson Montero (36'′ Renato Ibarra); Felipe Caicedo e Enner Valencia (25'′ João Rojas) (44'′ Alex Bolaños).
Treinador: Reinaldo Rueda.
Uruguai: Fernando Muslera; José María Giménez, Diego Lugano e Diego Godín; Maximiliano Pereira (19'′ Diego Forlán), Walter Gargano (26'′ Alejandro Silva), Arévalo Ríos e Jorge Fucile; Cristian Rodríguez (33'′ Gastón Ramírez), Edinson Cavani e Luis Suárez.
Treinador: Oscar Tabárez.
Gol: Jefferson Montero aos 30 minutos de jogo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário