segunda-feira, 26 de agosto de 2013

EM JOGO DISPUTADO, DEFENSOR ABRE PLACAR E PEÑAROL EMPATA NO FINAL.


Defensor Sporting e Peñarol protagonizaram a final do Campeonato Uruguaio 2012/13. Na ocasião, quem saiu-se melhor foram os carboneros que conquistaram mais um título para sua galeria de troféus. Poucos meses depois, outro reencontro. No Luis Franzini, ambos os times queriam sair do estádio com uma vitória depois de terem sido derrotados na rodada de estreia. La Viola foi melhor durante maior parte do confronto, mas com um penalty no final, viu Antonio Pacheco ser novamente o carrasco da equipe.

Melhor jogo da rodada, nenhum time queria perder. Ficar atrás assim como aconteceu na primeira rodada, já que Defensor e Peñarol perderam pra Liverpool e River Plate, respectivamente, seria um péssimo negócio. Sendo assim, tanto Tabaré Silva como Diego Alonso alteraram seu plano de jogo para o confronto.

Do lado violeta, Silva tinha baixas sentidas. Sua dupla de zaga titular composta Mario Risso e Matías Malvino teve de ser tirada por lesões. Ambos se machucaram no decorrer da semana e desfalcaram a equipe. Com isso, o treinador colocou em campo Robert Herrera no miolo de zaga e Gastón Silva na lateral-esquerda, passando Ramón Arias para o centro da defesa.

Outra alteração promovida pelo técnico já não foi por causa de lesões. O baixo rendimento de Aníbal Hernández no jogo contra o Liverpool fez Tabaré Silva repensar sua titularidade. A solução encontrada foi retornar o meia ao banco de reservas e colocar em campo o brasileiro Felipe Gedoz.

No Peñarol, a coisa estava mais complicada. Além do revés no final de semana passado, o time ainda vinha de uma eliminação precoce e inesperada para o Cobreloa na Copa Sulamericana, onde o time chileno foi extremamente superior aos manyas em ambos os confrontos. Alonso tinha de encontrar rapidamente um esquema de jogo e entrosas os jogadores para isso.

Para resolver isso, el Tornado mexeu bastante. Baltasar Silva passou de lateral-esquerdo para lateral-direito. Dupla de zaga mantida e outro lado entrou o jovem Nicolás Raguso para a saída de Jonathan Sandoval. Na meia-cancha, mudança na dupla de volantes. Saíram Marcel Novick e Sebastián Píriz e entraram Luis Aguiar e Miguel Amado. Japo Rodríguez sem condições de atuar os 90 minutos começou no banco dando lugar para Emiliano Albín. Fabián Estoyanoff, também vindo de lesão, foi suplente de Carlos Nuñez.

Com várias mudanças, Defensor e Peñarol chegavam para se encontrar na noite de domingo. E a partir do primeiro minuto da primeira etapa, ficou certo de quem havia levado a melhor nestas alterações tinha sido o time da casa.

Tabaré Silva foi feliz nas mudanças que fez. O sistema defensivo não ficou mais frágil com a saída de dois titulares do setor, e o ingresso de Felipe Gedoz foi essencial. O meia foi uma ótima válvula de escape e fez uma partida excelente.

Enquanto isso, Peñarol permanecia falho mesmo com todas as alterações. Defesa mal postada, meio-de-campo cheio de buracos, e dependia muito de um Antonio Pacheco inspirado para a armação de jogadas aos atacante, Nuñez e Zalayeta.

Estratégia traçada pelo Defensor foi de explorar o lado esquerdo do ataque, e direito de defesa do Peñarol. Com Gastón Silva apoiando bastante, Felipe Gedoz como ponta pelo lado, e ainda com o auxilio de Nico Olivera, os violetas eram extremamente superiores e causavam bastante perigo, sempre rondando a área da equipe manya. Castillo teve de trabalhar forte com apenas sete minutos em chute muito bem executado por Giorgian de Arrascaeta.

Peñarol não conseguia passar do meio-de-campo e o Defensor tinha a posse de bola facilmente. Apesar de sempre tentar o lado esquerda, ainda rodava para o outro lado, tentava pelo meio, para ver o melhor jeito de penetrar na área adversária. A continuar daquela maneira, o gol da Viola era questão de tempo para ser marcado.

Mesmo sendo superior, Defensor ainda tinha de encarar alguns problemas. Robert Herrera, que tinha substituído Matías Malvino, ficou com pé preso no chão após dividida com Marcelo Zalayeta e teve de ir embora. O volante Federico Gino entrou em seu lugar, recuando Andrés Fleurquín para a zaga.

A primeira boa jogada executada pelo Peñarol foi feita apenas nos 30 minutos rodados. Antonio Pacheco parecia ser o único a buscar algo na equipe e fez ótima jogada, completando com um belo passe rumo á Carlos Nuñez. No entanto, auxiliar já havia marcado um impedimento que depois se mostrou inexistente, prejudicando um lance de perigo claro aos manyas, onde poderia ocorrer o gol.

Jogo a partir daí ficou mais truncado e o Peñarol endureceu o jogo, passando a ganhar mais no meio-de-campo e não dar tantos espaços. Em outra chegada de Tony Pacheco o goleiro Martín Campaña, apesar de defender facilmente, teve de trabalhar.

Com o intervalo determinado e o retorno do segundo tempo, era esperado um jogo novamente bem movimentado e com os dois times indo rumo ao ataque para tentar o gol que daria a vitória. Só que ninguém esperava que fosse tão no começo que o primeiro iria sair.

E menos de dois minutos de reiniciado o confronto, o Defensor já se colocava na frente. Cruzamento vindo da direita através de Giorgian de Arrascaeta pela direita, a bola chega para Felipe Gedoz, e o brasileiro dá um voleio que, apesar de não sair certo, encobre Castillo com um quique e morre no fundo das redes, abrindo o marcador.

Alonso e toda sua equipe tomaram um balde de água fria, levando este gol repentinamente. A entrada de Jorge Rodríguez no lugar de Nicolás Raguso fez com que o time se lançasse todo ao ataque. Defensor, na frente do placar, se propôs a se fechar na defesa apostando na falha ofensiva de seu rival.

A alteração deu uma melhorada na atuação ofensiva da equipe. Raguso havia sido nulo na parte ofensivo e com Japo no time, deu mais um jogador de qualidade no time. Estoyanoff, que também entrou bem ainda no 1T após a lesão de Carlos Nuñez, acertou a trave de Campaña. Logo depois ainda teve falta de Fleurquín em cima de Zalayeta dentro da área, em penalty não marcado por Martín Vázquez.

Mesmo pressionando gol não vinha. Gabriel Leyes também entrou e Alonso colocou á prova um 3-2-3-2 em campo pra sair o gol de qualquer forma. Mas quando Peñarol passava pela barreira violeta formada na frente da área, ainda tinha que encarar o paredão em baixo do gol. Em mais ou menos quatro oportunidades, Martín Campaña salvou Defensor de levar o empate e ia se transformando no herói da noite.

Jogo ia se encaminhando ao final e o Defensor ia se fechando. Peñarol ia de qualquer forma para chegar ao empate. Até que no último minuto dos três de acréscimo, Martín Vázquez viu penalty de Leonardo Pais em cima de Fabián Estoyanoff pelo lado direito da área. Decisão causou indignação pelo lado violeta que estava vendo uma vitória certa se transformar em um empate melancólico.

Para a cobrança, Antonio Pacheco, líder do título da temporada passada sobre o Defensor. No chute, o meia arrematou fraco e no meio do gol. Campaña ficou parado, pegou na bola, mas inacreditavelmente, deixou a bola passar e falhou no gol de empate do Peñarol.

Grande jogo no Luis Franzini, com tudo que tem direito. Mesmo falhando na hora decisiva, o arqueiro violeta saiu como melhor do jogo por tudo que fez no decorrer dos 90 minutos. Agora, para as equipes, empates com sabores diferentes mas com o mesmo significado. Ao Defensor, sabor de derrota após ficar na frente do placar por praticamente um tempo inteiro e sofrer um gol da maneira que sofreu no último minuto. Ao Peñarol, um ponto que veio no apagar das luzes. Porém, o resultado em si, é ruim. Um ponto conquistado de seis. Tem de abrir os olhos.

Defensor Sporting: Martín Campaña; Emilio Zeballos, Ramón Arias, Robert Herrera (21′ Federico Gino) e Gastón Silva; Juan Carlos Amado e Andrés Fleurquin; Giorgian de Arrascaeta, Nicolás Olivera (28'′ Leonardo Pais) e Felipe Gedoz; Ignacio Risso (22'′ Maximiliano Callorda).
Treinador: Tabaré Silva.

Peñarol: Juan Castillo; Baltasar Silva, Damián Macaluso (28'′ Gabriel Leyes), Gonzalo Viera e Emiliano Albin; Luis Aguiar, Miguel Amado, Nicolás Raguso (9'′ Jorge Rodríguez) e Antonio Pacheco; Carlos Nuñez (45′ Fabián Estoyanoff) e Marcelo Zalayeta.
Treiador: Diego Alonso.

Gols: Felipe Gedoz no primeiro minuto do 2T; Antonio Pacheco aos 48 do 2T.

Nenhum comentário:

Postar um comentário