Vitória convincente nas duas primeiras rodadas vindo de um título incontestável do Apertura. Após passar por uma temporada de esquecer, o primeiro semestre era de se sonhar com algo mais do que apenas mais um campeonato nacional. Mas desde então, o Peñarol não voltou a apresentar o mesmo nível de futebol, nem na Libertadores e nem no Clausura. E de favorito a se classificar no grupo, passou a ter muitas chances de novamente cair na fase de grupos, após a derrota nesta terça-feira á noite contra o Emelec, no Equador.
Da Silva novamente não contou com seu principal jogador no plantel, Fabián Estoyanoff, que ainda não se recuperou de lesão. Manteve o esquema com dois pontas, deixando Matías Aguirregaray pela direita e Walter Lopez na esquerda, que ganhara vaga de titular contra Ignacio Nicollini, que iria começar o jogo. Jogando fora-de-casa, a estratégia era aproveitar os espaços deixados na defesa pelo time equatoriano, e além disso, contava com dois centroavantes de peso e que fazem a diferença, que são Juan Manuel Olivera e Marcelo Zalayeta.
Em boa parte do primeiro tempo, o Peñarol foi superior ao seu adversário. Começou não deixando o Emelec chegar ao seu gol, tentando frear a equipe equatoriano nos primeiros minutos de jogo. E isso aconteceu fazendo duas linhas de quatro e com Marcel Novick e Sebastián Cristóforo trabalhando muito no meio-de-campo fazendo a contenção da defesa.
Apesar do ótimo início dos charruas na partida, tendo inclusive em alguns momentos jogado mais no campo de ataque do que o inverso, por volta dos 30 minutos a situação passou a ser contrária. O Emelec passou a marcar mais forte e deixando o Peñarol com menos espaço dentro de campo. Também passou a pressionar no campo de ataque, o que deu efeito a partir de Carlos Valdez e Alejandro Gonzalez, a dupla de zagueiros, se mostrarem inseguros com o decorrer do tempo. Conseguiu fazer lances de perigo, acertando a trave e exigindo boas defesas de Enrique Bologna. Mesmo assim, foi encontrada uma válvula de escape pelo lado direito. Baltasar Silva, ao contrário dos zagueiros, tinha uma boa saída de bola e tinha o auxilio de Aguirregaray, e ambos se apresentavam bem ao ataque sendo a melhor opção no primeiro tempo aos manyas.
No segundo tempo o Emelec ameaçou continuar pressionando o Peñarol. Bologna novamente teve de aparecer bem no início do tempo complementar para salvar os carboneros. Porém, a iniciativa dos equatorianos foi abaixado a parti do momento em que Da Silva encaixou novamente a marcação no meio-de-campo e equilibrou jogo.
Peñarol jogava no limite. Se defendia apenas e vivia de lances isolados. Da Silva colocou no jogo Mauro Fernandez no lugar de Marcelo Zalayeta, justamente para voltar na marcação e em algum momento, puxar um contra-ataque. Além de jogar por apenas uma bola no ataque, qualquer erro na defesa seria providencial para que toda a estratégia se desmantelasse.
No caminho para o final do jogo, Peñarol se mostrava muito satisfeito com o empate que até então estava adquirindo fora-de-casa. Isso se refletiu na alteração aos 34 minutos, quando tirou Walter Lopez colocando Ignacio Nicollini. Alterou o estilo do time, ingressando com um volante de contenção na esquerda e tentando ganhar na posse de bola quando a tivesse. No entanto, essa ideia foi por água abaixo um minuto após a alteração. Isso porque em uma falta perigosa após mão de Aureliano Torres, cruzamento para a área e o zagueiro Cristian Nasutti testou para o fundo do gol e abriu o placar.
Emelec abriu o placar faltando apenas dez minutos para o final e fez com que o Peñarol tentasse o gol que em 80 minutos nem se prestou a fazer. Apesar disso, Polilla apenas alterou no time aos 44, colocando Jorge Zambrana em campo. Não deu resultado, obviamente, e aos 45, Fernando Gaibor deixou o dele e garantindo a vitória ao Emelec.
Derrota que complicou muito o Peñarol. Joga a vida e mais um pouco na próxima rodada contra o Deportes Iquique, no Centenário, e que já está eliminado. Porém, tem de torcer para o Velez Sarsfield, que com um empate garante a primeira colocação, vencer o Emelec por mais de um gol de diferença.
Emelec: Esteban Dreer; Fulton Francis, Cristian Nasuti, José Luis Quiñónez e Oscar Bagüí; Pedro Quiñónez, Fernando Giménez (14'′ Fernando Gaibor), Enner Valencia (28'′ Pablo Zeballos) e Marcos Mondaini; Marlon de Jesús e Marcos Caicedo (28'′ Vinicio Angulo).
Treinador: Gustavo Quinteros.
Peñarol: Enrique Bologna; Baltasar Silva (34'′ Ignacio Nicolini), Alejandro González, Carlos Valdez e Aureliano Torres; Matías Aguirregaray, Marcel Novick, Sebastián Cristóforo e Walter López (43'′ Jorge Zambrana); Marcelo Zalayeta (7'′ Mauro Fernández) e Juan Manuel Olivera.
Treinador: Jorge da Silva.
Gols: Cristian Nasuti aos 35 minutos do 2T e Fernando Gaibor no último minuto do jogo.
Antes de tudo, queria parabenizar o trabalho de vocês trazendo em bom português, assuntos do futebol charrúa! Obrigado1!!!
ResponderExcluir