Liverpool e Nacional jogaram nesta tarde de sábado no Centenário e quem se deu melhor foram os tricolores. Apesar de não mostrar um ótimo futebol e até sofrer alguns ataques de seu adversário, ao decorrer do tempo conseguiu encaixar a marcação e passou a ser superior, além de conseguir os gols que precisava.
Tanto os negriazules quanto os tricolores foram com formações bastante parecidas para o confronto. Clássica linha de quatro, três volantes de marcação, um enganche responsável pela armação do jogo e dois atacantes, sendo um de velocidade caindo pelas pontas e o centroavante. A diferença é que no Liverpool, a criação saia bem. Paulo Pezzolano foi o criador do time e fez bem o papel, ao contrário de Juan Albín, que deveria fazer o mesmo no Nacional, mas que esteve apagado durante todo o momento em que esteve dentro de campo.
Essa diferença de atuação dentro de campo pôde se refletir na maior parte do primeiro tempo que começou bem truncado e disputado, ficando um bom tempo com perde-ganha no setor de meio-de-campo. Mas quando aconteceu de um time chegar no gol adversário, foi o Liverpool que fez isso. Com Facundo Barceló e Nicolás Royón os negriazules tiveram boas chances de abrir o placar mas esbarraram ou na defesa ou em Leonardo Búrian.
Porém, esses ataques do Liverpool se tornaram esporádicos ao longo da primeira etapa e não voltaram mais a acontecer. Nacional melhorou a marcação e não deixou o time de Raúl Möller atacar mais, e ainda arriscou alguns momentos de ataque, como em um chute de Vicente Sánchez, mas que passou longe do gol de Matías Castro.
Na volta do vestiário, Rodolfo Arruabarrena pareceu mudar um pouco o jeito do Nacional jogar. A marcação permaneceu eficiente e no ataque o rendimento melhorou. O início do segundo tempo, ao contrário do que acontecera na etapa anterior, começou melhor aos tricolores que seguiram com o ritmo durante todo o tempo. Em um período de dez minutos a equipe conseguiu três chances boas de gol. Uma com Iván Alonso, a outra através de Juan Albín, e por último, dos pés de Vicente Sánchez.
Após estas ofensivas e o gol não vir, Arruabarrena resolveu mexer. Já havia feito uma alteração colocando Gonzalo Bueno no lugar de Nicolás Prieto, transformando o time em um 4-3-3, mas como o gol não havia chegado, colocou Loco Abreu e tirou Juan Albín, fazendo Alonso recuar um pouco mais e sendo o criador de jogadas. Mas não deu nem tempo de alguma outra coisa. Antes de Abreu entrar, escanteio conquistado, e na cobrança, já com a presença do jogador, a bola foi diretamente a ele que em seu primeiro toque na bola abriu o placar ao Nacional aos 35 minutos da segunda etapa.
O gol tão esperado e tentado saiu para a felicidade dos torcedores e dos jogadores. Arruabarrena rearrumou o time colocando Santiago Romero e voltando a formação original que havia sido executada no início da partida. Liverpool bem que tentou alguma pressão, onde Raúl Möller colocou Max Rauhofer querendo mais ofensividade, no entanto a pressão não deu certo. E para piorar aos negriazules, no último minuto de jogo, lançamento de Adrián Romero do meio-de-campo, Gonzalo Bueno ganhou a disputa com Andrés Rodales, e na saída de Matías Castro, fez o segundo e selou a vitória tricolor.
Nacional vence a segunda seguida na competição e consegue duas vitórias consecutivas. Permanece querendo o título do Clausura e também a liderança da Tabla Anual, mas para isso, tem que torcer para pelo menos um empate entre Danubio e Defensor Sporting, além de torcer por tropeços de Peñarol, River Plate e El Tanque Sisley. No Liverpool, as vitórias conquistadas em rodadas passadas já não são mais reflexo da atual sequencia, de três jogos com dois empates e agora uma derrota. Tem que lutar pra vencer e conquistar pontos se não quer pensar em algo como rebaixamento.
Nacional: Leonardo Burián; Christian Núñez, Adrián Romero, Efraín Cortés e Juan Manuel Díaz; Israel Damonte, Diego Arismendi e Nicolás Prieto (15'' Gonzalo Bueno); Juan Albín (30'' Sebastián Abreu); Vicente Sánchez (33'' Santiago Romero) e Iván Alonso.
Treinador: Rodolfo Arruabarrena
Liverpool: Matías Castro; Martín Bonjour, Gonzalo Godoy, Christian Almeida (38'' Max Rauhofer) e Andrés Rodales; Jonathan Barboza (33'' Carlos Macchi), Lucas Tamareo e Gonzalo Sena (21'' Marcelo Mansilla); Paulo Pezzolano; Nicolás Royón e Facundo Barcelo.
Treinador: Raúl Möller
Gols: Loco Abreu aos 30 minutos do 2T e Gonzalo Bueno aos 45 do 2T.
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