Fénix e Nacional chegavam ao jogo desta tarde de domingo em situações bem diferentes mas com o mesmo objetivo: ganhar. Os albivioletas perderam na rodada passada e com a vitória do Juventud de Las Piedras ingressaram entre os três últimos na Tabla de Descenso e para sair, precisavam desesperadamente hoje. Nacional também precisava da vitória. Atualmente em quarto na Tabla Anual, ficaria de fora da Copa Libertadores 2014 caso estiver na mesma posição ao término do campeonato, ou seja, tinha de vencer para estar na zona de qualificação.
Fénix vinha um pouco diferente do habitual para este confronto. Antes o treinador Eduardo Favaro postava a equipe em um 3-4-1-2, ou em um 4-3-1-2, sempre tendo como o principal na criação Hernán Novick. Mas hoje o técnico alterou um pouco a formação e o estilo de jogo de seu time. Quatro no fundo, três volante sendo incluso Novick no setor. Mais a frente, Nicolás Vigneri, atacante de origem, fez o papel de enganche municiando Miguel Puglia e Cecilio Waterman.
Assim como seu adversário, Nacional também chegava diferente para o jogo. Juan Carlos Blanco promoveu em campo um time extremamente excessivo e com diversas mudanças em relação ao time que perdeu para o Boca Juniors no meio de semana. Em um 4-3-3, o treinador optou por Pablo Alvarez na zaga e Adrián Romero fazendo doble cinco com outra novidade, que foi Hugo Dorrego. O aniversariante do dia, Álvaro Recoba foi o titular no lugar de Juan Albín e no trio da frente, Renato César pela direita, Vicente Sánchez pela esquerda e Loco Abreu, fazendo sua primeira partida como titular desde seu retorno, no meio.
No jogo, Fénix começou melhor e mandou no jogo ao longo da primeira etapa. a equipe entrou com sede de vitória e querendo buscar a vitória dentro da partida o tempo todo, ao contrário do Nacional, que se mostrou extremamente sem vontade. Além disso, a formação ofensiva colocada por Eduardo Favaro dificultou a vida ainda mais dos tricolores que não tinham saída de bola e passaram vários sufocos nesses quarenta e cinco minutos iniciais.
A superioridade do mandante na ocasião foi mostrada logo no início do jogo. Em três minutos, o placar se alterava a favor do Fénix. Cruzamento para a área e Nicolás Vigneri se antecipou ao goleiro Jorge Bava e abriu o placar contra sua ex-equipe. E para piorar ainda mais a situação, um pouco menos de trinta minutos após a abertura do placar, foi a vez de Cecilio Waterman deixar o seu e aumentar a vantagem.
Só que logo após o gol marcado pelo atacante do Fénix, o Nacional teve um desconto que veio dos pés do cada vez mais velhinho Chino Recoba. Em mais um de suas ótimas cobranças de faltas, o jogador de agora 37 anos fez e descontou para sua equipe aos 32 minutos.
Nacional se complicou bastante com o mau início da primeira etapa e viu um Fénix extremamente voluntarioso e ofensivo em busca da vitória. E para deixar o que estava ruim, pior, no finalzinho da primeira etapa, o volante Hugo Dorrego recebeu cartão vermelho após disputa com Christian Silveira, o que deixou um time com quarenta e cinco minutos para reverter uma situação adversa com um homem a menos.
Para a segunda etapa, Cacha Blanco não alterou ninguém, mas parece ter mexido com o culhão de seus atletas. Se a postura no primeiro tempo foi de completo desinteresse e displicência, o segundo tempo foi de total empenho e vontade dos jogadores. Nacional, mesmo com um a menos, foi em direção sempre ao ataque tentando o empate. Fénix se aproveitou disso novamente com Cecilio Waterman. Inúmeras jogadas de contra-golpe foram geradas, mas não foram bem concluídas pelo atacante.
Nacional melhorou ainda mais com o ingresso de Juan Albín aos dez do segundo tempo na saída de Vicente Sánchez. O meia entrou muito bem no jogo e auxiliando Recoba na armação e ajudando no ataque. E foi com ele que o gol de empate saiu. Aproveitou descuido da defesa do Fénix e deixou tudo igual no Centenário, e com um bom tempo para se jogar ainda.
Este empate fez com que o jogo ficasse ainda mais interessante. Os espaços deixados no meio-de-campo tricolor fazia com que o Fénix sempre contra-atacasse com perigo. Nacional ia até a área adversária com Recoba gerando as jogadas para Loco Abreu, Gonzalo Bueno (entrou no lugar de Renato César) e Juan Albín, e o Fénix respondia com Miguel Puglia, Cecilio Waterman e Hernán Novick. E se Albín acertava a trave de um lado, o Fénix exigia o trabalho de Bava.
No final, Pablo Alvarez levou segundo amarelo e vermelho após parar contra-ataque do Fénix iniciado após falta cobrada na barreira. Mas o fato não mudou muita coisa. Apesar do ótimo jogo, os dois times saíram insatisfeitos. Fénix empatou com um grande, jogou bem, mas deixou o empate vir após abrir 2-0. E o Nacional se recuperou de um péssimo primeiro tempo, de um resultado bastante adverso com um a menos, mas não conseguiu a vitória que é de extrema importância.
Fénix: Luis Mejía; Marcos Mansulino, Maximiliano Perg, Juan Alvez e Willinton Techera; Rafael García, Gonzalo Papa e Hernán Novick (28'′ Danilo Mederos); Nicolás Vigneri (46′ Juan Manuel Ortiz); Cecilio Waterman (35'′ José María Franco) e Miguel Puglia.
Treinador: Eduardo Favaro.
Nacional: Jorge Bava; Christian Núñez, Alejandro Lembo, Pablo Alvarez e Juan Manuel Díaz; Hugo Dorrego, Adrián Romero e Álvaro Recoba; Renato César (16'′ Gonzalo Bueno), Vicente Sánchez (11'′ Juan Albín) e Sebastián Abreu (39'′ Israel Damonte).
Treinador: Juan Carlos Blanco.
Gols: Nicolás Vigneri aos 3 e Cecilio Waterman no minuto 29; Álvaro Recoba aos 32 e Juan Albín aos 21 do 2T.
Cartões vermelhos: Hugo Dorrego aos 45 minutos e Pablo Alvarez aos 38 do 2T.
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