Um tropeço com o Cerro somados as recentes derrotas na Copa Libertadores fez com que o Peñarol entrasse no Centenário ontem tendo que ganhar para reanimar o time e consolidar a primeira colocação na Tabla Anual. Mas encarou uma equipe forte, que se remontou após um Apertura pífio e que quer vencer este torneio, sonhando com o 5º título. E nessa, quem se deu melhor foi o Danubio. Sempre superior ao seu rival, o gol de Fabián Canobbio deu o triunfo de suma importância ao clube.
Da Silva teve alguns desfalques para este jogo e mudou algumas coisas no time titular. Baltasar Silva e Nicolás Raguso foram os titulares, e no meio, sem Novick ainda, Sebastián Piríz fez parte do doble cinco juntamente de Sebastián Cristóforo. Mais á frente, Zalayeta recuou para armar o jogo juntamente de Carlos Grossmüller, enquanto Estoyanoff ficava no ataque com Juan Manuel Olivera.
Pelo outro lado, Leonardo Ramos procurou alterar o mínimo possível. Marcelo Sosa esteve suspenso e em seu lugar apareceu Salvador Cayetano, e no ataque, Sergio Leal ficou no banco por não ter condições de jogar os 90 minutos, e Camilo Mayada entrou, atuando como enganche enquanto Canobbio aparecia encostando mais em Leonardo Carboni. Além disso, Martín González saiu por opção de Ramos, entrando José María Gimenez.
As modificações promovidas por Polilla da Silva não deram o efeito esperado. Grossmüller e Zalayeta não municiaram por muitas vezes a dupla de ataque e quando chegavam esbarravam na defesa danubiana. Como sempre, a arma mais utilizada pelo Peñarol foi o lado direito com Estoyanoff sempre caindo pelo setor e contando com o apoio de Baltasar Silva.
Um das poucas oportunidades do time aurinegro foi aos quinze minutos de jogo, um cruzamento de Estoyanoff na cabeça de Olivera, que ganhou de Gimenez pelo alto, e gol do Peñarol. Porém, o árbitro Christian Ferreira viu falta do centroavante em cima do zagueiro franja e anulou o que seria a abertura no placar.
A jogada e o gol anulado foi a única chegada dos manyas de forma definitiva ao gol de Salvador Ichazo. Enquanto isso, o Danubio também não obrigava o argentino Enrique Bologna a fazer muito trabalho, mas conseguia ter mais o domínio no jogo e tinha mais objetividade dentro de campo. Contava com o apoio contante de seus alas e tinha Mayada e Canobbio na meia-cancha armando as jogadas tentando encontrar um Carboni até então apagado no primeiro tempo.
No segundo tempo, Da Silva mostrou seu descontentamento com sua equipe pela atuação no primeiro tempo ao fazer duas alterações no vestiário. Tirou um volante de contenção que foi Piríz e colocou mais um ponta, Jorge Zambrana. E mudou as características no ataque, saindo Olivera e entrando Carlos Nuñez. Além disso, após alguns minutos do segundo tempo iniciado, saiu Estoyanoff, lesionado, e ingressou Tony Pacheco. Porém, nenhuma alteração conseguiu alterar o panorama dos aurinegros no jogo, que não conseguiam penetrar na defesa adversária e tinham um sistema de criação muito pouco ativo.
Leo Ramos também alterou sua equipe, mas não precisou tirar ninguém do time titular. Mudou seu 3-4-1-2 para um 4-5-1, recuando os alas para defenderem um pouco mais e colocando JM Gimenez a frente da zaga atuando como um primeiro volante. Ao contrário de seu adversário, as mudanças surtiram efeito dentro de campo.
Logo aos 8 minutos da etapa complementar, apareceu a genialidade de Fabián Canobbio. O enganche já havia dado a vitória na rodada passada ao Danubio fazendo dois gols de falta. E essa arma mostrou ser realmente fatal. Chute e gol franjeado para alegria de todos os danubianos que estavam presentes no Centenário.
A vantagem poderia ter sido aumentada pouco tempo depois. Danubio teve um penalty a favor e na cobrança foi o argentino Leonardo Carboni. Porém, o centroavante chutou mal e Bologna caiu no canto certo e fazendo a defesa que deixava o Peñarol ainda vivo dentro do jogo.
Danubio se fechou na defesa e esperava o Peñarol chegar para sair nos contra-ataques. A arma se tornou faltal a partir das vezes em que os manyas chegavam e não conseguiam fazer nada no campo de ataque. Perez pela esquerda, após ótima jogada de Canobbio, teve a chance de garantir a vitória antes dos término da partida. A mesma coisa com Zunino pela direita. E no final do jogo, um contra-ataque de quatro contra um terminou com a bola passando rente a trave de Bologna.
Mais uma vitória danubiana no Clausura que se mantém no ritmo para brigar pelo título. Juntamente do El Tanque Sisley, é o líder do torneio. E esta vitória encerra um jejum de 18 jogos sem vencer o Peñarol em âmbito nacional. Enquanto isso, os manyas vão perdendo a gordura adquirida e vê seus rivais se aproximando na Tabla Anual.
Peñarol: Enrique Bologna; Baltasar Silva, Alejandro González, Carlos Valdez e Nicolás Raguso; Sebastián Píriz (45′ Carlos Núñez), Sebastián Cristóforo, Carlos Grossmüller e Marcelo Zalayeta; Fabián Estoyanoff (7'′ Antonio Pacheco) e Juan Manuel Olivera (45′ Jorge Zambrana).
Treinador: Jorge da Silva.
Danubio: Salvador Ichazo; José María Giménez (22'′ Ignacio González), Jadson Viera e Emiliano Velázquez; Matías Zunino, Angel Cayetano, Hugo Soria e Matías Pérez; Camilo Mayada; Fabián Canobbio (43'′ Gonzalo Pérez) e Leonardo Carboni (31'′ Sergio Leal).
Treinador: Leonardo Ramos.
Gol: Fabián Canobbio aos 8 minutos do 2T.
Nenhum comentário:
Postar um comentário