Depois de uma temporada na qual terminou em uma fantástica campanha na Copa Libertadores da América, se previa que o time aurinegro iria investir pesado em reforços de peso para repetir ou até mesmo ir além do que fez na temporada 2010/2011. Mas o investimento em fracos jogadores e várias mudanças no cargo técnico fizeram com que o clube nem passasse da fase de grupos da Copa e que, novamente, não fosse a uma final de Campeonato Uruguaio.
O final da temporada 2010/2011 foi fantástico para o time e para sua torcida. Após muito tempo, um clube uruguaio chegava na final de uma Libertadores. Mas mesmo jogando bem, e contando com sua raça característica, o time não conseguiu vencer o Santos e foi vice-campeão.
Mesmo com o vice-campeonato, o Peñarol foi reconhecido por toda a América. Re-colocou novamente os times uruguaios no atual cenário continental. E para repetir o mesmo feito, o time teria que se reforçar. No entanto, viu um assédio absurdo em cima de seus jogadores. E não conseguiu segurar no clube a maioria.
Ao todo foram 12 jogadores que sairão do clube. E 7 eram titulares absolutos. O goleiro Sebástian Sosa foi contratado pelo Boca Juniors. Na zaga, Guillermo Rodriguez seguiu rumo ao Cesena, da Itália. Pela volância, Luis Aguiar decidiu continuar sua carreira em terras portuguesas pelo Sporting. Matías Mier, meia-esquerda, foi para a Universidad Católica. Mathias Corujo decidiu não aceitar a renovação de empréstimo junto ao clube e resolveu ir para o Cerro Porteño. Alejandro Martinuccio, enganche, após várias negociações com Palmeiras e Fluminense, decidiu ir para o time carioca e Juan Manuel Olivera quis seguir para o time comandado por Maradona, o Al-Wasl.
Além desses, outros que faziam parte do elenco sairam. Urretaviscaya voltou para o Benfica, assim como Nicolas Domingo e Fábian Estoyanoff, que voltaram para o River Plate, da Argentina, e o Panionios, da Grécia, respectivamente.
Os outros dois eram dois veteranos jogadores. Diego Alonso, atacante, resolveu se aposentar após uma longa carreira de sucesso, e decidiu virar treinador, onde foi contratado pelo Bella Vista. O outro, é o eterno carbonero Antonio Pacheco, o Tony. O craque uruguaio, mesmo com o apelo da torcida, não teve seu contrato renovado pela diretoria e saiu do clube, rumo ao Wanderers.
Com um elenco desmontado, a diretoria manya se viu a ir com tudo para o mercado de jogadores para reforçar seu elenco. O primeiro contratado foi o atacante Marcelo Zalayeta, que já havia assinado um pré-contrato com o clube no começo de 2011. Além de Zalayeta, outros foram contratados. Para a lateral, Sebástian Rosano e Adrian Gunino reforçaram o time. Para a volância, Nicolas Amodio saiu do Napoli e voltou ao Uruguai para defender o carbonero. No meio de campo, Bruno Montelongo, João Pedro, e Walter Lopez reforçaram o time após sairem do River Plate-URU, Palermo e Universitatea Cracovea-ROM, respectivamente. Outros atacantes que foram contratados, além de Zalayeta foram Santiago Silva, vindo do Danubio, Maximiliano Perez, que saiu do Fénix e Jorge Zambrana, que era do River Plate-URU.
Reforçado e com a manutenção (até então) de Diego Aguirre no comando, o time já estava pronto para começar o Apertura.
O começo do time no último campeonato do semestre de 2011 foi ótimo. 4 vitórias em 4 partidas marcaram o início do Peñarol no torneio nacional. Mas uma notícia fez com que mudasse algo. Após ser alvo de inúmeros clubes, Diego Aguirre, após a vitória contra o Defensor Sporting, anunciou a saída do clube de seus amores para ganhar muito dinheiro treinando o Al-Rayan, dos EAU.
Sem um dos melhores treinadores que já passaram do clube, e que na aquela altura, era um dos melhores da América do Sul, a diretoria manya reolveu ir atrás de um velho conhecido da torcida. Gregorio Perez, que já havia treinado a equipe outras 4 vezes foi contratado com o objetivo de continuar o bom trabalho de Aguirre e levar o time ao título do Apertura.
Mas após a saída do treinador vice-campeão da Libertadores, o time não se encontrou. O time continuou bem, e faltando 5 rodadas era líder. Mas após a parada de 20 dias dos Jogos Panamericanos, o Peñarol perdeu 3 partidas consecutivos, incluindo o clássico com o Nacional. Após isso, o time perdeu a liderança do campeonato, e mesmo vencendo as duas partidas restantes, não conquistou o título que acabou nas mãos do Nacional.
Para o Clausura e a Libertadores, o Peñarol resolveu novamente dar mais uma mexida no elenco. Adrian Gunino e Walter Lopez, contratados para esta temporada e que não foram bem, sairam do time para o Fénix e Cerro Porteño, respectivamente. E para reforçar ainda mais o elenco, Estoyanoff e Aguiar voltaram ao time, os zagueiros Marcelo Silva foram contratados vindo do Almería e do Liverpool, além do goleiro Danilo Lerda que chegou do Fénix e Marcelo Novick, volante, chegou do Rampla Juniors. Mas a principal contratação foi do atacante Rodrigo Mora, ex-Defensor, que estava no Benfica, por 1 ano de empréstimo. Assim, o time estava pronto para jogar o resto da temporada.
Mas mesmo assim, o time não apresentou nenhuma evolução tática. O time continuava a não jogar bem, e o que se via era um time que dificilmente lutaria por algo maior na temporada. A Libertadores, competição alvo, começou de forma horrível. 3 jogos e nenhuma vitória. Na última rodada da primeira volta, o aurinegro perdeu em casa por 4x0 para o Atlético Nacional. E ali, acabava o reino de Gregorio Perez no comando carbonero. ''Se me tivessem demitido no final do Apertura, teria entendido.'', disse o treinador, após a saída do cargo.
Querendo uma recuperação, Juan Pedro Damiani resolveu contratar Jorge da Silva, o ''Polilla''. da Silva surgiu como um belo treinador no Defensor Sporting no Uruguai, e que estava muito mal no Banfield. Assim, restava um pouco da esperança de uma temporada, até então, praticamente perdida.
Com da Silva no comando, o time começou a jogar melhor. Um padrão tático definido, e um time organizado. Mas isso não foi suficiente na Libertadores. Uma derrota fora de casa, no último minuto, com gol de um ex-tricolor contra a Universidad de Chile, eliminou o time com duas rodadas de antecedência.
Após a eliminação na Copa, o time resolveu focar no Clausura. Com a liderança dividida entre Defensor, Liverpool e Nacional, e buscando a liderança também na Tabla Anual, o Peñarol decidiu ir com tudo. O time conseguiu embalar uma série invicta. Mas perdeu jogos decisivos, como contra o Liverpool em casa (1x0) e Danubio (3x2), onde chegou a estar vencendo por duas vezes.
A última chance do time era no clássico. Quem perdesse estava fora da briga pelo Clausura, e uma derrota do Nacional também tiraria o tricolor da liderança da Tabla Anual: ou seja, tudo que o clube manya queria. Após um começo arrasador com Rodrigo Mora, o time sofreu o empate, mas voltou a estar na frente. Jogando melhor, deixou o tricolor empatar, ainda no primeiro tempo. E o pior: deixou o Bolsilludo jogar na segunda etapa e conseqüentemente, deixou o time virar com Recoba de falta. Mesmo pressionando, não conseguiu a vitória, nem ao menos o empate, e com isso, deu adeus ao campeonato.
Um planejamento que deu totalmente errado: esse é a frase que resume a temporada do Peñarol, que agora se programa, para não fazer feio na próxima.
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