Depois de jogar muito mal frente á Espanha, o Uruguai retornou a campo ontem no Estádio da Fonte Nova para enfrentar a Nigéria que era a seleção que mais ameaçava a Celeste para passar de fase. E em um jogo equilibrado, o golaço de Diego Forlán decidiu e os três pontos foram aos selecionados de Oscar Tabárez, assim colocando um pé nas semi-finais da Copa das Confederações.
A exibição contra a seleção espanhola rendeu críticas para o Uruguai. Tabárez também não ficou feliz com o que o time apresentou em campo e decidiu alterar a escalação para este jogo. Ao todo foram três mudanças. Alterando o time do 3-4-3 para o 4-3-3, el Maestro tirou sua dupla de volantes que era formada por Diego Pérez e Walter Gargano, e colocou Arévalo Ríos e Álvaro González. Também tirou Gastón Ramírez para a entrada de Diego Forlán, formando um poderoso tridente ofensivo com Cavani e Suárez.
As mudanças pareciam ter dado quando o jogo começou. Uruguai começou pressionando a Nigéria no campo ofensivo e passou a efetuar diversos desarmes na zona de meio-de-campo que viraram ótimos contra-ataques. Contudo, esse ritmo acelerado foi se apagando e os africanos passaram a ganhar espaço em campo, dando perigo para a Celeste.
Porém, para o azar dos nigerianos, quando iam equilibrando mais e mais o jogo, o Uruguai se pôs a frente no marcador. Após um escanteio mal-sucedido, a bola voltou a Forlán que cruzou rasteiro. A bola passou por Cavani, mas não por Lugano que mesmo desajeitado, conseguiu chutar pro gol, fazendo 1x0 aos dezenove minutos de jogo.
Com um 1x0 no placar, a sensação que o Uruguai passou foi de acomodação. Nigéria continuou pressionando assim como estava antes de levar o gol e ficava cada minuto mais perto do empate. E depois de algumas tentativas falhas, ótima jogada coletiva que terminou nos pés de John Obi Mikel, onde driblou Lugano e chutou forte, sem chances para Fernando Muslera.
Se com a vantagem no placar o Uruguai não conseguiu jogar bem, depois de levar o empate a situação ficou pior. Com mais dez minutos, a Nigéria permanecia ameaçando e em alguns momentos dava a clara impressão de que a virada iria acontecer ainda no primeiro tempo. Quando o árbitro Bjon Kulpers decretou o fim dos quarenta e cinco minutos iniciais, Celeste saiu aliviada para o vestiário onde tinha de voltar bem melhor para conseguir a vitória.
Para o segundo tempo, Tabárez pareceu ter ajustado o time. Uruguai retornou a campo melhor do que terminara anteriormente. Arévalo Ríos fechou muito bem a meia-cancha, dando bastante proteção á zaga, além de Martín Cacéres que se mostrou intransponível pelo lado esquerdo da Celeste. Nigéria, que sobrava em boa parte do primeiro tempo, passou a ter mais dificuldades em atacar e chegar ao gol.
Além disso, a parte ofensiva também começou a melhorar. E no primeiro contra-ataque que surgiu, o trio ofensivo mostrou porque é um dos melhores do mundo. Suárez arrancou pela direita, passou para Cavani no meio, que encontrou Forlán pela esquerda, e mesmo não estando no seu auge, o jogador que mais vestiu a camisa celeste não poderia perder. Chute forte e um golaço que colocava o Uruguai novamente na frente.
Atrás do placar, a Nigéria necessitava atacar e deixava espaços pro Uruguai novamente explorar muito bem os contra-ataques. Por duas vezes, Cavani esteve muito perto de fazer o terceiro, liquidando de vez a partida, mas perdeu as chances que teve. Enquanto isso, a defesa ia se garantindo contra a correria dos nigerianos.
Tabárez, vendo a pressão que a Nigéria exercia, resolveu reforçar o sistema defensiva colocando Sebastián Coates e tirando seu companheiro de Liverpool, Luis Suárez. Mais tarde, tirou Cristian Rodríguez e colocou Álvaro Pereira, para dar outro gás pra equipe e ajudar na defesa. No final, a vitória veio e que foi um alívio para a Celeste. Atuação do segundo tempo tem que ser repetida e não baixar o ritmo como aconteceu na primeira etapa, se quiser avançar até uma possível final.
Uruguai: Fernando Muslera; Maximiliano Pereira, Diego Godín, Diego Lugano e Martín Cáceres; Egidio Arévalo Ríos, Álvaro González e Cristian Rodríguez (42'′ Alvaro Pereira); Diego Forlán, Edinson Cavani e Luis Suárez (36'′ Sebastián Coates).
Treinador: Oscar Tabárez.
Nigéria: Vincent Enyeama; Efe Ambrose, Godfrey Oboabona, Kenneth Omeruo e Uwa Echiejile; Jhon Ogu, Fegor Ogude (20'′ Sunday Mba) e John Obi Mikel; Nnamdi Oduamadi (44′ Michael Babatunde), Ahmed Musa e Browne Ideye (28'′ Joseph Apkala).
Treinador: Stephen Keshi.
Gols: Diego Lugano aos 19 minutos e Diego Forlán aos 6 minutos do 2T; John Obi Mikel aos 37 minutos.
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